Música: ?
Poema: Luís Caminha-Antóneo
fiquei a odiar o triple sec.
Anos depois, a louca da Maria
oferecia-me whisky... e eu bebia.
A Mariana, essa quase a sei de cor,
que entre gins me elegia um mal menor.
Já a Dora: gostava do bom vinho
e foi com ela que eu estive melhorzinho.
Assim começa a lista, assim começa,
era eu miúdo e amor era promessa.
Nem sei o nome da que num minuto
me fez em shots e me chamou de puto
mas lembro ainda menos a Cristina,
que me enjoou com licores de menina.
A belga, quase não a conheci...
mas essa só queria eau-de-vie.
E o que dizer da incrível Gabriela
que me afeiçoou ao álcool com canela?
Assim prossegue a lista, assim prossegue,
da minha propensão a ser alegre.
Mais incríveis ainda, a Ana Maria,
que se banhava em vodka... e eu sorvia,
e essas gémeas de Arroios, que eram minhas
em troca de outras tantas caipirinhas.
A Xana? Essa era rum e coca-cola
mas decerto não fomos muito à bola.
Sem esquecer a Clarinha, esse pedaço
de mulher no café do meu bagaço.
E acaba aqui a lista. Vivo em paz,
há muito que só bebo água com gás.
Leceia e 30 de julho em 2018
(Primeira versão: Lisboa e 10 de setembro em 2007)
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