Finalmente febril
ajeito-me a um canto do nosso chão:
nós tão aqui e o mundo a mil
e o meu corpo no teu abraço
nós tão aqui e o mundo a mil
e o meu corpo no teu abraço
e nos teus olhos tudo o mais que faço,
e nos teus olhos tudo o mais que faço.
Não quero mais nada, não.
Não, não, não, não, não, não, não.
e nos teus olhos tudo o mais que faço.
Não quero mais nada, não.
Não, não, não, não, não, não, não.
Sob as sombras do tecto
um andar por telhas da tua mão:
o paraíso é tão directo
como um sol que viaje por dentro,
como bombom de inferno em vai de vento,
como bombom de inferno em vai de vento.
Não quero mais nada, não.
Não, não, não, não, não, não, não.
o paraíso é tão directo
como um sol que viaje por dentro,
como bombom de inferno em vai de vento,
como bombom de inferno em vai de vento.
Não quero mais nada, não.
Não, não, não, não, não, não, não.
Nem ideia sequer
de quantas manhãs na vida se vão:
se isto for asa e me quiser
há-de ser tudo o que me tem
na noite à noite que esta noite vem
na noite à noite que esta noite vem.
Não quero mais nada, não.
Não, não, não, não, não, não.
Não quero mais nada, não.
Não, não, não, não, não, não.
Leceia e 2019, 31 de janeiro