Tu criticas-me os dias, mas eu gosto
de avisos duros quando a voz é terna.
Tu olhas de soslaio e eu decoro
para lembrar à noite a tarde que eras.
Tu és mesmo esse quase de sol posto
que se demora em sombras no meu rosto
e habita a lágrima do desencontro,
do desencontro.
Tu não sabes, sei eu, que em cada poro
da tua pele há mais palavras que estas;
ah!, tu nem desconfias, quase aposto,
das maravilhas que eu faria com elas.
Tu és quarto minguante sob a cama
de um corpo só para quem sempre te ama,
tu és acá do muro em que eu me escondo
em que eu me escondo.
Versão original: tu (2001)
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